quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Tecnologia da Informação e sua influência na Educação.

Em meu trabalho de conclusão, da pós graduação em Docência no Ensino Superior, realizei uma pesquisa de campo para verificar a influência do uso da tecnologia da informação e o acesso a internet no comportamento do jovem acadêmico.
Disponibilizo aqui um resumo do trabalho, espero que seja útil e seja motivo de reflexão da sociedade para que se tenha um bom aproveitamento do material apresentado nos sites.


INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho tem como tema “O avanço da Tecnologia da Informação e sua influência sobre a educação no ensino superior”, pois nos últimos anos os computadores, tablets e celulares invadiram as instituições educacionais e as residências, tornando cada vez mais, a informação acessível. A velocidade com que uma notícia é divulgada torna-se assustadora, uma nova descoberta científica, um novo medicamento, a cura para uma doença chega quase que imediatamente a população conectada.
Por outro lado, até que ponto esta velocidade de acesso a uma informação faz com que esta não seja apreendida de fato, não acontecendo o entendimento, e sim apenas uma breve memorização sem uma análise mais profunda?
O que me motivou a desenvolver este tema foram dois fatores, trabalhei por dez anos no mercado da tecnologia da informação, presenciei o crescimento contínuo das vendas de hardware e software, o desenvolvimento da conectividade e a facilidade de acesso à rede mundial de computadores nos últimos anos, o outro fator é que tendo feito um curso de graduação com idade superior a grande maioria dos colegas de sala, observei o comportamento frenético dos altamente conectados em busca de informação, mas ao mesmo tempo sem entender profundamente o que estavam redigindo. Ao estudar com um grupo de colegas de sala percebi uma preocupação maior em decorar para responder na prova do que verdadeiramente refletir para entender, uma ansiedade para que tudo fosse rápido não permitia uma concentração maior, embora o argumento fosse o pouco tempo, sempre havia uma maneira de entrar nas redes sociais.
Este trabalho justifica-se pela necessidade de analisarmos o comportamento do aluno atual frente às facilidades de acesso a informação e como as Tecnologias de Informação e Comunicação TICs, influenciam na educação formal.
Por meio de uma pesquisa de campo, com estudantes de curso de graduação presencial, buscaremos responder o objetivo deste trabalho que é verificar o comportamento dos jovens da chamada geração “Z” que utilizam a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na busca do conhecimento e como auxílio nos estudos.
A tecnologia da informação está inserida em todos os meios sociais, alterando significativamente a forma com que nos relacionamos com pessoas próximas a nós, em outras cidades e até do outro lado do mundo.
Os e-mails substituíram as cartas convencionais e documentos digitalizados navegam de um computador para outro. Trabalhos acadêmicos são feitos, muitas vezes, por um grupo de pessoas que se encontram virtualmente para discutirem os detalhes do texto, onde buscar material para consulta e elaborar apresentações utilizando programas de computadores específicos.
A comunicação torna-se mais multidimensional e sensorial, as apresentações multimídias são mais atraentes, o que eleva o padrão de exigência, as cópias e os arquivos facilitam o acesso posterior e o compartilhamento de informação (BRENNAND, 2002).
A internet por apresentar inúmeras possibilidades de acesso, pode ajudar os alunos a expandir seus conhecimentos e sua capacidade de comunicação. A maneira com que se comunicam nas redes sociais proporciona uma nova linguagem e uma nova escrita que pode ser errada de acordo com a gramática convencional, porem certa para os internautas que lançam abreviações e uma forma particular de símbolos como forma de tornar mais rápida a compreensão de um pensamento.
Segundo Perrenoud (2000), as Tecnologias da Informação e de Comunicação são meios que podem recriar a realidade escolar, em virtude disto devem ser usadas de forma consciente e responsável para efetivar a função social no ambiente escolar, auxiliando professores e alunos.
Pouco tempo atrás o que tínhamos era uma educação onde o mestre ofertava a matéria e não havia muitos questionamentos por parte dos alunos a respeito do que era apresentado, isto poderia transmitir para alguns uma sensação de poder, por outro lado, alunos não se preocupavam em buscar informações, bastava copiar e reproduzir o conteúdo disponibilizado pelo mestre.
Lent (1997), diz que a esta geração, que faz uso da Tecnologia para obter informação, está aprendendo a acessá-la e não apenas retê-la, sendo capaz de se manter informado por um universo que vai além dos limites da sala de aula.
Os laboratórios de informática devem ser usados como espaço de orientação para que os alunos aprendam a acessar sites de pesquisas científicas publicadas no Brasil e no exterior, o incentivo por buscar notícias em publicações de bons jornais digitais ou revistas também é aconselhável.
Segundo Moran (1997), existe uma tendência dos discentes em quantificar as informações e não explorar ao máximo o conteúdo, pesquisar na Internet requer habilidades especiais, como bom senso para realizar escolhas bem relacionadas diante de tantas possibilidades; bom gosto para formar uma estrutura de pensamento lógico e intuição para buscar os sites mais próximos daquilo que realmente precisamos. Moran ainda relata que há facilidade para dispersão ao se perderem nas inúmeras possibilidades de navegação, deixando-se levar para áreas de interesse próprio no qual se perde um tempo significativo, além de se distrair com informações pouco relevantes.
METODOLOGIA
O presente estudo delimitou-se a avaliar a influência da Tecnologia da Informação na Educação Superior. Para tal, foi utilizado como instrumento de pesquisa um questionário de 7 perguntas fechadas, com intuito de identificar a percepção dos sujeitos em relação ao seu comportamento meio as informações contidas na Internet.
Foram enviados 100 questionários, a um grupo de alunos de graduação de curso 100% presencial, de uma instituição particular de ensino superior localizada em Curitiba/PR. Retornaram 51 questionários preenchidos, sendo que 1 foi descartado devido a erro (rasura).
ANÁLISE DE RESULTADOS
                 Com relação a faixa etária 90% dos indivíduos participantes tem idade inferior a 26 anos, estando na classificação da chamada geração “Z”, que apresentam afinidade pelo uso da tecnologia (tecnofilia), este grupo nasceu em ambientes com diversas possibilidades de acesso a informação e comunicação, muitos desde crianças já dispunham de microcomputadores em suas casas.
Porcentual de Indivíduos X Tempo de Conexão/dia (menor de 26 anos)
·   24% ficam conectados a internet mais de 50% do dia
·   38% ficam entre 20% e 50%
·   38%  ficam menos que 20% do dia conectados a internet.
Os sujeitos que estão na faixa etária acima dos 26 anos ficam menos de 20% do dia conectados.
 
Do tempo conectado à Internet, 44% dos alunos utilizam entre 20 e 50% para estudar, 38% dos pesquisados utilizam menos de 20% do tempo conectado para estudo e apenas 18% utilizam mais da metade do tempo de acesso a Internet para efetuar algo relacionado a estudo.
A quarta pergunta, demonstrou que o acesso a Internet e a uma vasta quantidade de informação não significa um aprendizado eficaz, pois 62% dos participantes da pesquisa responderam que não conseguem absorver as informações dos textos que leem por meio de sites porque abrem diversos textos e são tentados a entrar em outras páginas de assuntos diversos.
Dos 38% dos que responderam que conseguem se concentrar e absorvem as informações quando estudam por meio da WEB, mais da metade (52%) caiu em contradição respondendo na questão seis que para estudar para uma prova acreditam que apesar da internet oferecer muitos recursos eles não conseguem reter bem o conteúdo pela falta de concentração; esta pergunta foi inserida justamente para colher uma informação mais precisa dos participantes. Ao interligarmos a questão quatro e seis, podemos dizer que 81% dos participantes não conseguem uma boa concentração para estudar e assimilar o conteúdo de forma eficaz quando estudam por meio de material publicado na Internet.
Professores, familiares e o próprio aluno precisam ter uma consciência sobre a amplitude que a navegação em diversos sites oferece, com apenas um click pode-se mudar completamente o assunto, levar a outro local do mundo, causando dispersão dos pensamentos. Estudar exige disciplina e isto inclui o uso do computador na hora de utilizá-lo para pesquisa científica, da mesma forma que o sujeito sente-se tentado a fechar o livro e ligar a televisão para assistir a um filme, assim também pode inclinar-se a abrir um chat com outros internautas ou abrir páginas de assuntos diversos.
Segundo o pesquisador David Nicholas, em artigo publicado no site do jornal “O Globo” em 2010, um estudo da University College de Londres diz que a Internet acaba com o poder de concentração dos jovens, pois estaria remodelando o cérebro dos usuários, beneficiando a capacidade de múltiplas funções e diminuindo a de concentração devido a uma leitura picada dos textos. De acordo com Nicholas a pesquisa comprovou que os jovens entre 12 e 18 anos não se aprofundavam em nenhuma leitura, pareciam pinçar algumas ideias e seguiam em frente sem explorar o conteúdo. Estes indivíduos, por outro lado, conseguiam responder algumas perguntas solicitadas pesquisando na Internet, muito mais rápido do que pessoas mais velhas. O mesmo estudo ainda levantou o fato de que a maioria dos jovens altamente associados à tecnologia, buscavam apoio em respostas já postadas na web ao invés de responderem por si com base em conclusões sobre o que leram.
Os computadores, assim como outros equipamentos, como vídeo games, estimulam os jovens a adquirirem outras habilidades, digitação rápida, pensamento ágil para buscar informações, leitura dinâmica para uma breve análise do texto, nos jogos de competição rapidez para tomada de decisão, porem tantos estímulos podem gerar ansiedade para finalizar uma tarefa e isto baixar a concentração ou não permitir meditar sobre o assunto.
 
Fonte de pesquisa X Indivíduos
·         79%  livros + material disponível na WEB
·         19%  material disponível na WEB
·         2%  não utiliza material disponível na WEB
 
A questão cinco apresentou como resultado, que apenas 2% dos alunos não utilizam material publicado na internet para realizar um trabalho de pesquisa, 79% busca informações contidas em livros impressos e material disponível na internet e 19% apenas nos textos contidos na WEB, ou seja, para os discentes de hoje, a Internet é o meio mais utilizado para a realização de uma pesquisa de apoio, quando é solicitado um trabalho pelo professor.
Com a mudança comportamental dos jovens pesquisadores, para que estes não se percam com o vasto material que surgem na tela ao se digitar poucas palavras nos sites de busca, é preciso que o mestre seja claro ao expor os objetivos da pesquisa a ser realizada.
A internet oferece textos, publicações atuais, além de imagens e vídeos que facilitam o entendimento do assunto pesquisado, beneficiando o aluno em vários aspectos.
De acordo com Oliveira (2000), professores e alunos devem ser incentivados a utilizar as novas tecnologias que contemplem as reais necessidades educacionais, relacionando seu uso para a pesquisa com o objetivo de conquistar e efetivar a autonomia dos alunos.
Para realização de uma pesquisa na Internet, 96% dos indivíduos pesquisados, assinalaram na questão sete que fazem uma seleção das páginas, buscando as mais confiáveis, geralmente artigos científicos, apenas 4% não se importam tanto com a fonte das informações, preferem fazer uma opção pelo material que mais se identificam.
O amadurecimento dos usuários da internet refletem os dados acima descritos, pois já perceberam que entre os materiais publicados livremente nos diversos sites, muitos não trazem informações comprovadas ou verdadeiras, cabe ao aluno estar preparado para fazer uma triagem nos textos e um breve levantamento sobre a idoneidade do autor, sua capacidade para escrever sobre tal assunto, observar se o artigo é atual ou se é revisado com frequência, principalmente quando falamos sobre saúde e sobre tecnologias que estão em constantes mudanças.
CONCLUSÃO
                    O presente trabalho concluiu que os jovens da chamada geração “Z”, altamente conectados à internet, utilizam a rede mundial de computador para auxiliá-los nos estudos, principalmente nas pesquisas voltadas à elaboração de trabalhos acadêmicos.
Atualmente o uso das tecnologias da informação é essencial para expandir o conhecimento e nivelar as possibilidades de propagação de dados entre pessoas de diversos locais do mundo.
Preocupados com a qualidade, os discentes atuais, buscam materiais confiáveis, em geral artigos científicos, isto demonstra uma maturidade e uma análise mais elaborada dos textos publicados na internet.
Para os jovens a Internet é um excelente meio para obter conhecimento, em pouco tempo é possível acessar diversas informações, porem, os mesmos jovens relatam que a Internet, por oferecer uma vasta quantidade de recursos, faz com que se perca o foco, não havendo uma concentração eficaz e não se explorando o texto profundamente.
Portanto, cabe aos alunos terem consciência e uma responsabilidade para utilizar a internet como forma de auxilio nos estudos, aos educadores cabe orientá-los quanto à importância de se aprender para toda a vida e não obter uma informação fugaz.
A pesquisadora aconselha um aprofundamento ou continuidade desta pesquisa, pois os dados podem ser alterados mediante a região aplicada, devido às condições sociais e também por se tratar de um fator comportamental que está em constantes alterações.
REFERÊNCIAS
 
BRENNAND, E. Góes. As tendências pedagógicas na educação brasileira. Série Sala de Aula. UFPB. João Pessoa, 2002.
LENT, Roberto.  O Jogo da Aprendizagem. Presença Pedagógica. Minas Gerais, 1997.
McMURDO, George. Changing contexts of communication. Journal of Information Science, 1995. Acessível em: ˂http://jis.sagepub.com/content/21/2/140.full.pdf+html˃. Acesso em julho de 2013.
 
MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na Educação. Revista Ciência da Informação, Vol 26 n.2, maio-agosto 1997.
 
NICHOLAS, David. Internet acaba com poder de concentração dos jovens. “O Globo” disponível em: ˂http://oglobo.globo.com/saude/internet-acaba-com-poder-de-concentracao-dos-jovens-diz-novo-polemico-estudo-3055136˃. Acesso em julho de 2013.
OLIVEIRA, Gerson Pastre de. Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação e a Construção do Conhecimento em cursos universitários: reflexões sobre acesso, conexões e virtualidade. OEI-Revista Iberoamericanca de Educación. 2000, p. 1-9. Disponível em: ˂http://www.rieoei.org/deloslectores/344Pastre.pdf#search=NovasTecnologiasdaInformacaoComunicacaona construcao do conhecimento˃. Acesso em julho de 2013.
 
PERRENOUD, Phillippe. Dez Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed.2000.

 

sexta-feira, 19 de julho de 2013


A PELE

 
O maior órgão do corpo humano, a pele nos protege da entrada de elementos indesejáveis, ela forma uma barreira e possui corpúsculos que transmitem sensações como dor, frio e calor.

Na pele há orifícios que permitem a entrada e a saída de substâncias, como a boca por onde os alimentos tem acesso aos órgãos internos onde é feita a digestão e a absorção de nutrientes que nos manterão vivos.

Atualmente, a maior preocupação relacionada a esta estrutura é o câncer, o surgimento de manchas com bordas irregulares, que aumentam de tamanho, mudam de cor ou apresentam mais de uma cor precisam ser investigadas. A prevenção é o uso constante de bloqueador solar e evitar a exposição ao sol entre 10 e 16 horas.

As mulheres em geral ficam atentas às marcas de expressão, as rugas, estrias e celulites.

 


 A epiderme é a camada mais superficial, é a que vemos, esta camada está sempre se renovando.

A pele assume características diferentes dependendo do local do corpo, na planta do pé, no cotovelo, joelho e palma da mão é mais áspera e grossa em relação ao rosto e face interna das coxas por exemplo.

 

Para uma pele saudável são necessários alguns cuidados como:

Hidratação: é importante passar um bom creme hidratante na pele, principalmente nas mais secas, no inverno e após o banho.

Esfoliação: fazer uma esfoliação suave no rosto e um pouco mais profunda nos cotovelos, joelhos e calcanhares, retirando as células mais superficiais mortas, colaborando para expelir as impurezas trazidas pela poluição. Geralmente os produtos para esfoliação trazem em suas embalagens a instrução de uso, uma ou duas vezes por semana.

Sabonetes: importante utilizar um sabonete líquido com pH adequado a sua pele, principalmente no rosto para que após lavar não fique sujeito ao acumulo de sujeira pela variação ácido/básico.

Bloqueador solar: importantíssimo para evitar manchas e câncer de pele. Hoje há bloqueadores não oleosos para o rosto e com boa proteção UVA/UVB, o preço também está muito mais acessível. Caso não tenha recurso financeiro para comprar um bom hidratante e um bloqueador solar faça a opção pelo bloqueador acima de 30 FPS.

Para quem usa maquiagem diariamente, vale a pela investir em um produto específico para retirar maquiagem, há vários no mercado e de vários preços, visite uma loja de departamentos ou farmácia e verifique os produtos que estão disponíveis.

 Para quem já apresenta manchas na pele ou rugas de expressão é importante buscar ajuda de um dermatologista, há produtos sendo vendidos livremente nas farmácias, porem o mau uso poderá causar agravamento das manchas ou até lesões.

A limpeza de pele por um profissional habilitado também ajudará a manter a pele saudável e com bom aspecto.

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entorse de tornozelo.
 
É muito comum ouvirmos queixas sobre entorse de tornozelo, principalmente em inversão. Deve-se ficar atento quando isto se torna frequente, podendo gerar um trauma mais grave.
O tornozelo é formado pela junção de três ossos, a tíbia, a fíbula e o tálus. Ligamentos dão estabilidade, há também o que chamamos de sindesmose tibiofibular anterior, posterior e interósseos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que ultrapasse a resistência dos ligamentos, pode ser em inversão ou eversão.
 
O termo entorse pode ser utilizado para um estiramento ou laceração de tecidos moles (ligamentos, tendões, músculos), mas geralmente associado a ligamentos.
Este tipo de lesão recebe uma classificação de acordo com a gravidade e o diagnóstico é feito através de exames radiológicos, testes de instabilidades, artrografias e ultrassonografias.

- Grau l - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local.
Tratamento: Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção.

- Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma.Tratamento: Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção.
Os ligamentos cicatrizam lentamente, sendo feito por tecido fibroso e colágeno.
 
- Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.
Tratamento: Cirúrgico e fisioterapia após liberação médica.
 
Para evitar o entorse de tornozelo deve-se melhorar a percepção da pisada, ou seja, observa o apoio do pé no solo ao caminhar, prestar atenção no tipo de calçada e possíveis obstáculos, fortalecer os músculos envolvidos quando necessário, melhorar o equilíbrio e escolher o sapato apropriado ao local e ao estado de saúde do indivíduo.
 
O entorse de tornozelo pode levar a uma queda, a queda pode levar a uma fratura que pode ser grave!
 
Caso você esteja sofrendo entorses de tornozelo com frequência, busque ajuda de um profissional, algumas orientações e exercícios devem ajudá-lo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
  
O Acidente Vascular Cerebral ( AVC), também conhecido popularmente como "Derrame" é caracterizado pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas.
Causa uma deficiência ou falta da circulação sanguínea local diminuindo ou deixando sem oxigenação as células cerebrais.
 
Existem dois tipos de AVC, o acidente vascular isquêmico que consiste na oclusão (fechamento) de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região. Produz sintomas característicos referente aos comandos cerebrais do local afetado. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
 
No acidente vascular hemorrágico, como o nome diz ocorre sangramento local devido ao rompimento de um vaso, com isto ocorre o aumento da pressão intracraniana e inchaço (edema).
Apesar de ocorrer em apenas 20% dos casos, este em geral é mais grave.
 

 
 
Fatores de risco:
Hipertensão arterial, sem dúvida é o fator que mais causa o AVC, portanto é importantíssimo medir a pressão arterial com frequência nas pessoas com diagnóstico de hipertensão, que estas façam o tratamento medicamentoso, conforme orientação médica, e pratiquem atividade física com supervisão profissional.
Doença cardíaca.
Fibrilação atrial.
Diabete.
Tabagismo.
Outros: uso de anticoncepcionais, álcool, doenças que alteram a coagulação do sangue.
 
Sintomas:
 
Dormência e fraqueza em um dos membros (braço, perna, face), pode ser maior na face e menor na perna ou vice-versa.
Perda da sensibilidade em um membro.
Cegueira transitória ou distúrbios na visão como uma sombra.
Fala confusa, a linguagem fica comprometida.
Diminuição da força do lado oposto ao AVC.
Nos casos de hemorragia cerebral pode levar a convulsões.
 
Diagnóstico:
 
O histórico do paciente, o exame físico e os sintomas dão uma direção ao profissional, um estudo de imagem como a Tomografia computadorizada ou ressonância magnética fecham o processo para o diagnóstico.
 
Tratamento:
 
No caso de pessoas com histórico favorável o tratamento preventivo é o melhor, acompanhamento neurológico, o controle da pressão arterial, controle do diabetes e excluir o fumo e o álcool.
No caso de AVC agudo o uso de anticoagulantes tentará impedir maior prejuízo.
Em caso de urgência médica a retirada do coágulo por meio de cirurgia pode ser o melhor caminho.
No AVC hemorrágico, muitas vezes é necessária uma cirurgia para diminuir a pressão intracraniana.
O tratamento de reabilitação pós AVC ajudará a pessoa acometida a superar as dificuldades, um bom profissional também auxiliará a família a fazer as modificações ambientais necessárias para que o paciente sinta-se mais confiante para movimentar-se e voltar a ter independência.
O tratamento fisioterapeutico inclui a reeducação do controle motor, alongar e fortalecer a musculatura, uso de órteses, prevenir as contraturas e as deformidades, hidroterapia, eletroterapia e incentivar a independência do paciente.
Procure ajuda profissional, é importante melhorar as condições gerais do paciênte, tanto física quanto emocional.






ARTRITE REUMATÓIDE





 
A Artrite Reumatóide é uma doença inflamatória crônica que apresenta sinovite, envolvendo as articulações, principalmente as periféricas de mãos e punhos de forma simétrica levando a deformidades e incapacidade funcional. Apresenta distribuição mundial e é relativamente freqüente, acomete 1% da população adulta, sendo as mulheres mais acometidas do que os homens, três para um (CICONELLI, 2006; apud SATO).
 
 
Etiopatogenia:
 
A causa não está totalmente definida, por este motivo muitos estudos têm ocorrido. Vários fatores tem se apresentado como genético, hospedeiro e ambiente.
Respostas imunológicas, inflamação desencadeada por infecção, poliformismo genético, auto-imunidade mediada por anti-corpos e células T, desregulação na produção de citocinas pró-inflamatórias e antiinflamatórias e pannus que é a transformação da sinóvia em tecido invasivo são fatores apontados como causadores principais.
A perda da função articular é resultado de danos irreversíveis da cartilagem articular como conseqüência do processo inflamatório, além de danos nos tecidos ao redor da articulação como tendões, cápsulas, ligamentos e osso subcondral.
Pela incapacidade dos condrócitos em manter a integridade do tecido devido a inflamação leva a destruição da cartilagem, além disto, enzimas proteolíticas presentes no líquido sinovial agem na matriz da cartilagem acelerando a destruição do tecido (SATO, 2006)
 
Critérios de Classificação segundo o American College of Rheumatology:
 
O paciente necessita preencher ao menos quatro dos sete critérios para fechar o diagnóstico, sendo que os critérios de 1 a 4 devem estar presentes por 6 semanas:
 
1)    Rigidez matinal: Região articular ou periarticular com duração de 1 hora.
2)     Artrite de três ou mais articulações: de forma simultânea, com aumento de volume de partes moles e de líquido (não somente proliferação óssea)
3)    Artrite de articulações das mãos (punho, interfalangeanas proximais e metacarpofalangeanas)
4)    Artrite simétrica; da mesma articulação em ambos os lados do corpo.
5)    Nódulos reumatóides; subcutâneos sobre proeminências ósseas.
6)    Fator reumatóide sérico; quantidade anormal de fator reumatóide sérico.
7)    Alterações radiográficas: erosões ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos.
 
Pacientes com dois ou três critérios não são excluídos da possibilidade do desenvolvimento da doença futuramente e devem ser acompanhados com frequência.
Ressalta-se que o médico avalie a atividade da doença periodicamente verificando o número de articulações dolorosas, o número de articulações edemaciadas, a intensidade da dor, avaliação da mobilidade articular, da capacidade funcional e exame radiográfico para constatar ou não a progressão da doença.
 
 
 
Quadro Clínico:
 
Embora a AR se manifeste mais evidentemente nas articulações, deve-se lembrar que é uma doença sistêmica com comprometimentos extra-articulares.
Nas manifestações articulares, há sinais e sintomas reversíveis ligados ao processo inflamatório e os irreversíveis ligados a sinovite.
A coluna dorsal e lombar são raramente acometidas, porem a cervical é frequentemente envolvida, principalmente as articulações C1 e C2.
Deformidades nas articulações periféricas surgem com a evolução da doença, citamos os dedos em pescoço de cisne, em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo.
 
 
Nódulos subcutâneos aparecem em 30% dos pacientes, o envolvimento sistêmico dos órgãos são evidentes em 10 a 20% dos acometidos.
A Pleurite é um achado comum com evolução favorável.
A ceratoconjuntivite é o achado ocular mais comum, tendo a esclerite como evolução mais grave.
Devido a sangramento no trato gastrointestinal não é raro a anemia, além de proteinúria pelo comprometimento renal.
As manifestações neurológicas estão associadas a compressão medular devido a instabilidade cervical levando a neuropatias periféricas como a síndrome do túnel do carpo.
 
Tratamento:
 
O início imediato do tratamento após o diagnóstico precoce são fundamentais para o controle da doença e para prevenir incapacidade funcional e lesão irreversível
Os objetivos do tratamento são:
·       Prevenir ou controlar a lesão articular,
·       Prevenir a perda de função,
·       Diminuir a dor,
·       Maximizar a qualidade de vida do paciente.
A educação do paciente e de seus familiares, deve ser a abordagem terapêutica inicial, orientando a respeito da doença, as possibilidades de tratamento, riscos e benefícios.
O tratamento deve ser constantemente reavaliado. As decisões quanto ao planejamento da terapia, devem ser em conjunto com o paciente.
O acompanhamento multidisciplinar é importante para o sucesso do tratamento, sugerimos apoio médico, psicológico, nutricional e fisioterapêutico.
 
 
 
Tratamento Fisioterapeutico:
 
Por motivo do potencial incapacitante desta doença, é necessário o acompanhamento destes pacientes desde o início, com orientação sobre proteção articular, manutenção da função do aparelho locomotor e do
sistema cardiorrespiratório.
Deve-se otimizar o fortalecimento da musculatura periarticular e adequar um programa de flexibilidade, evitando o excesso e fazendo uso de cargas moderadas além de enfatizar a proteção articular e o uso de talas.
Devem fazer parte do condicionamento físico:
·         Atividade aeróbica,
·         Exercícios resistidos,
·         Alongamento,
·         Relaxamento,
·         Sempre observar a tolerância e a fadiga.
A restrição dos movimentos utilizando órteses tem como objetivo aliviar as dores mioarticulares devido a estabilização e realinhamento da articulação.
Sabendo-se que a degeneração articular é maior quando o repouso é prolongado, a estratégia terapêutica deverá intercalar períodos alternados de atividades e repouso.
 
 
 
Tratamento medicamentoso:
 
Variar com o estágio da doença, sua atividade e gravidade.
Sintomáticos
·       Antiinflamatórios não hormonais,
·       Analgésicos comuns, como o paracetamol,
·       Drogas modificadoras do curso da doença (cloroquina / hidroxicloroquina, sulfasalazina, metotrexato), preferencialmente em até três meses após o início da doença.
·       Doses baixas de glicocorticóides, prednisona,
·       Suplementação de cálcio,
·       Vitamina D,
·       Uso de opióides pode se fazer necessário em alguns pacientes,
·       Infiltrações com glicocorticóides nos casos oligoartrites persistentes.
 
Em caso de indicação de tratamento cirúrgico, deve ser feito precocemente. Não aguardar o comprometimento de várias articulações. Testar o nível da qualidade de vida do paciente é recomendável para a indicação cirúrgica.
·       Sinovectomia para sinovite resistente ao tratamento conservador por mais de seis meses,
·       Correção de tendões e sinovectomia;
·       Debridamento articular e ressecção artroplástica;
·       Artrodese;
·       Artroplastias totais: joelho e quadril.
 
 
 
 
 
 
 
Referências:
 
SATO, Emilia Inque, Guia de Reumatologia – Guia de Medicina ambulatorial e hospitalar; Ed. Manole, Barueri, 2006.
 
American College of Rheumatology/ Subcommittee on Rheumatoid Arthritis Guidelines. Guidelines for the management of rheumatoid arthritis.  Arthritis  Rheum 2002; 46:328-46.