A Espondilolistese ocorre quando um corpo vertebral
desliza em relação ao corpo vertebral localizado imediatamente
abaixo(Snider;2000).
Na
região lombar, os grandes corpos e os discos intervertebrais, juntamente com os
ligamentos longitudinal anterior e iliolombar, sustentam a grande parte do peso
na postura ereta. A angulação da coluna vertebral na junção lombossacra é
acentuada em pé, devido a este fator a articulação é submetida a bastante
cisalhamento anterior; tal articulação é reforçada por ligamentos que limitam
os movimentos de encurvamento lateral, flexão, extensão e rotação; porem uma
variação anatômica que enfraqueçam esta sustentação, poderá permitir a vértebra
lombar deslizar para a frente sobre o sacro, patologia denominada como espondilolistese, palavra de
origem grega, spondylos, vértebra e olisthesis, deslizamento ou queda.(Smith et
al,1997.)Em adolescentes esse distúrbio geralmente ocorre entre L5 e S1 geralmente por defeito na junção da lâmina com o pedículo, fato que ocorre na maior parte por fratura de fadiga ocorrida na pré-adolescência, ginastas e jogadores de futebol americano podem ter elevada predominância desta patologia(Snider;2000).
Sintomas clínicos:
Segundo
Snider, esta afecção pode ser assintomática ou minimamente sintomática, porem
há pacientes que apresentam dor nas costas que irradia para a parte posterior
até os joelhos ou até abaixo destes, principalmente quando em pé, geralmente
estes apresentam espasmos nos músculos isquiotibiais, incapacitando o indivíduo
de inclinar-se frente e limitados na elevação da perna reta, sendo mais raros os
casos de compressão de nervos.
Deslizamento
progressivo ou completo do corpo vertebral, causam dores crônicas, podendo
ocasionar incapacitação, paralisia neurológica das raízes nervosas da região
afetada, ou envolvimento do intestino ou bexiga (síndrome da cauda eqüina).
Exames:
O
exame clínico pode revelar diminuição da lordose lombar, achatamento das
nádegas, formação de degrau durante a palpação dos processos espinhosos
afetados, dificuldade em inclinar-se para frente e elevar a perna reta
passivamente. O diagnóstico mais preciso deve ser feito por radiografias que
demonstrará uma translação de L5 anteriormente em relação a S1(Snider;2000).
Tratamento:
Exercícios
de flexão e observação com o uso de radiografias são indicados, atividades que
podem agravar a afecção devem ser suspensas como a prática de ginástica e
futebol americano, o uso de uma órtese toracolombossacral sob medida auxiliará
no controle da dor, mas não deverá diminuir o deslizamento.
Um
efeito adverso do tratamento é a progressão não identificada do deslizamento.
Pacientes com dor acentuada, deslizamento evidente ou deslizamento superior a
50% devem ser avaliados mais profundamente (Snider;2000).
A prática de atividade física deve ser acompanhada de um bom profissional para que sejam evitados exageiros que levarão a lesão.
Referências
Bibliográficas:
Smith,
Laura K.; Weiss Elizabeth; Lehmkhi; Cinesiologia Clínica de Brunnstrom
Quinta
Edição – Editora Manole- 1º edição -1997.
Primeira
Edição Brasileira – Editora Manole – 2000.
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