segunda-feira, 24 de junho de 2013

ESPONDILOLISTESE




A Espondilolistese ocorre quando um corpo vertebral desliza em relação ao corpo vertebral localizado imediatamente abaixo(Snider;2000).
Na região lombar, os grandes corpos e os discos intervertebrais, juntamente com os ligamentos longitudinal anterior e iliolombar, sustentam a grande parte do peso na postura ereta. A angulação da coluna vertebral na junção lombossacra é acentuada em pé, devido a este fator a articulação é submetida a bastante cisalhamento anterior; tal articulação é reforçada por ligamentos que limitam os movimentos de encurvamento lateral, flexão, extensão e rotação; porem uma variação anatômica que enfraqueçam esta sustentação, poderá permitir a vértebra lombar deslizar para a frente sobre o sacro, patologia  denominada como espondilolistese, palavra de origem grega, spondylos, vértebra e olisthesis, deslizamento ou queda.(Smith et al,1997.)
Em adolescentes esse distúrbio geralmente ocorre entre L5 e S1 geralmente por defeito na junção da lâmina com o pedículo, fato que ocorre na maior parte por fratura de fadiga ocorrida na pré-adolescência, ginastas e jogadores de futebol americano podem ter elevada predominância desta patologia(Snider;2000).

Sintomas clínicos:
Segundo Snider, esta afecção pode ser assintomática ou minimamente sintomática, porem há pacientes que apresentam dor nas costas que irradia para a parte posterior até os joelhos ou até abaixo destes, principalmente quando em pé, geralmente estes apresentam espasmos nos músculos isquiotibiais, incapacitando o indivíduo de inclinar-se frente e limitados na elevação da perna reta, sendo mais raros os casos de compressão de nervos.
Deslizamento progressivo ou completo do corpo vertebral, causam dores crônicas, podendo ocasionar incapacitação, paralisia neurológica das raízes nervosas da região afetada, ou envolvimento do intestino ou bexiga (síndrome da cauda eqüina).
 
Exames:
O exame clínico pode revelar diminuição da lordose lombar, achatamento das nádegas, formação de degrau durante a palpação dos processos espinhosos afetados, dificuldade em inclinar-se para frente e elevar a perna reta passivamente. O diagnóstico mais preciso deve ser feito por radiografias que demonstrará uma translação de L5 anteriormente em relação a S1(Snider;2000).
 
Tratamento:
Exercícios de flexão e observação com o uso de radiografias são indicados, atividades que podem agravar a afecção devem ser suspensas como a prática de ginástica e futebol americano, o uso de uma órtese toracolombossacral sob medida auxiliará no controle da dor, mas não deverá diminuir o deslizamento.
Um efeito adverso do tratamento é a progressão não identificada do deslizamento. Pacientes com dor acentuada, deslizamento evidente ou deslizamento superior a 50% devem ser avaliados mais profundamente (Snider;2000).
 
A prática de atividade física deve ser acompanhada de um bom profissional para que sejam evitados exageiros que levarão a lesão.
Referências Bibliográficas:
 
Smith, Laura K.; Weiss Elizabeth; Lehmkhi; Cinesiologia Clínica de Brunnstrom
Quinta Edição – Editora Manole- 1º edição -1997.
 Snider, Robert K.; Tratamento das Doenças do Sistema Musculoesquelético
Primeira Edição Brasileira – Editora Manole – 2000.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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